O fim aproxima-se

(Valter Marques, in Blog Bipolaridades, 27/12/2022)

O fim do ano entenda-se, e não me parece que vá deixar saudades, pelo menos a muitos.

Vinte e dois anos após a viragem de século e de milénio, 2023 será a viragem da sociedade europeia, vamos ser mais pobres ainda, mais miseráveis (algo que pensava ser impensável sequer), e na sua grande maioria, borregos e burros, iremos cantar odes à nova vida, culpando uns tipos de genética eslava, inteligentes, mais ricos do que nós e com uma história milenar e um modo vida completamente racional. Em contrapartida, as ovelhas deste burgo, estúpidas, analfabetas e ignorantes, preferem morrer agarradas ao coelho da Páscoa do que viverem abraçadas a si mesmas.

Se 2022 foi um ano de completa desordem mundial, 2023 será o caos que determinará a nova ordem do mundo. De 2023, ou melhor dos acontecimentos de 2023, nascerá uma nova vida no mundo. Em parte dele, os borregos e os burros podem dormir (ao frio e com fome) descansados. Os eslavos que tanto desprezam, não são idiotas nem estúpidos (essas características são pertença dos ocidentais meio atrasados meio apalermados) e não estão interessados na Europa ocidental, nem económica nem geograficamente, não são sociedades de confiança.

O continente europeu sempre foi alvo de disputa ao longo dos séculos, e os que menos domínio exerceram ao longo desses séculos, foram precisamente os menos capazes de o exercer, os ocidentais, Prussianos (eslavos); otomanos (turcos) e os moscovitas (russos) foram e continuam a ser a força genética dominante, se tomarmos a geografia em consideração, de Vladivostok a Berlim são 11.000Km. Berlim, porque antes de ser Alemanha era o reino da Prússia (de 98 AC a 1947 DC): o Conselho de Controlo Aliado em 25 de fevereiro de 1947 através da lei n.º 46 pôs fim ao Reino Prussiano, passando a denominar-se Alemanha, a ocidental e a oriental.

Porquanto, o rebanho continua na sua senda de ignorância e estupidez. 2022 vai terminar novamente com mais de 120 mil mortos em Portugal, o equivalente a 1,2% da população. Curiosamente é um número simpático com a taxa de inflação, 12%, que pelos milagres dos economistas pastores do rebanho, acaba a 31 de dezembro, e no dia 1 de janeiro passa a 4%, um milagre da economia ou um recomeço do castigo?

Este ano já vimos subir duas vezes as taxas de juro, assistimos à queda do euro e do dólar, diversos aumentos dos combustíveis e dos serviços básicos (eletricidade e gás). Assistimos impávidos e serenos á morte acelerada do SNS, mas chegámos aos quartos de final do Mundial de futebol e isso é como palha para os borregos, manteve-os a ruminar, a ruminar, e o tempo a passar.

Com o fim de 2022 a chegar, lá os dementes aborregados portugueses, presentearam gratuitamente a TAP com mais 980 milhões de euros, 98€ a cada indígena, deve ser da época natalícia…

O desemprego subiu neste trimestre, felizmente não sobe mais em 2022, haja algo de bom em 2022, o PIB irá ser algo entre o PIB de 2017 e 2019 (+- 200 000 M€), a dívida externa é superior ao PIB (280 000 M€), e a borregada deve acima de 25 mil euros aos agiotas amigos dos governantes, mas o problema são os russos…

Se existir no mundo um retângulo povoado de estúpidos em 2022, garanto-vos que nada mudará em 2023.

2023 marcará também a nova geografia da Europa, o avanço eslavo na planície europeia. Da Ucrânia restará apenas uma parcela de terreno, suficiente para prosseguir o negócio da prostituição, da droga e do terrorismo nazi, a Alemanha reduzida a um bairro pobre do que outrora foi uma cidade próspera, e com isso teremos o novo Terceiro Mundo, a Europa ocidental.

Só uma coisa 2022 não vai terminar, é com ignorantes e atrasados. Em 2023 ainda vamos ver muitos.

Quem necessita de ser guiado por um pastor, só pode ter a inteligência de um borrego.”  –  Friedrich Nietzsche


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8 pensamentos sobre “O fim aproxima-se

  1. Atenção pessoal, “120 mil mortos em Portugal, o equivalente a 12% da população.” é 1,2% da população, 12% seriam 1.200.000 mortos.

  2. O texto é agressivo de mais. Isto vindo de mim, que sou viciado em ser crítica de forma pouco meiga.
    Mas o sentido do texto é mais ou menos correcto. A Europa vai por um cano abaixo.
    Se os eslavos (Russos) são mais inteligentes ou não, não me parece grande coisa de afirmação.
    Sei que o século que agora vai no início, é o século da China, e a Rússia é parceira estratégica, económica e militar, mas não ideológica.

    Quanto aos Portugueses que morrem, é normal que morram nessa quantidade. O que não é normal é que nasçam tão poucos. Em termos monetários o país está em morte lenta, e em termos demográficos (também muito devido à aberração monetária) está em envelhecimento acelerado.
    Daqui a uns tempos serão 6 em vez de 10 milhões, e é só por esse motivo que o número absoluto de pobres vai diminuir. Em termos percentuais vai continuar estruturalmente a aumentar. Porque foi xatamente para isso que se fizeram as tais “reformas estruturais”. Neoliberalismo, seja implementado pelo P”S” ou pelo Chega ou por qualquer esterco entre esses dois cagalhotos, é isto: mais para os Berardos e CEOs (da TAP e Sonae, etc), e menos, muito menos, para todos os outros.

    Se já é difícil num país com 4.4 milhões de pobres andar a cobrar taxas e taxinhas (exceto aos que têm conta no offshore da Madeira…) para que no final de tudo pago ainda sobrem uns tostões para que os apoios sociais desçam esse número para 1.9 milhões de pobres (fora os que ficam pouco acima desse limiar: 554 €/mês em 2020 – dá para passar fome e ser sem-abrigo em Lisboa), imaginem só um país sem crescimento, sem energia, só com 6 milhões de residentes, e sendo metade disso reformados. Comecem já a abrir a cova, é lá que estará Portugal a meio deste século. É só daqui a 28 anos.

    O Estado de bem-estar Social continuará a ser destruído aos poucos, como quem não quer a coisa. O sindicalismo e a contratação colectiva continuarão sob ataque de HIMARS até chegarem a zero, ao mesmo tempo que os propagandistas falam em “Agenda para o Trabalho Digno” e outras chachadas. O BE pode desaparecer, e o PCP chegar a 1% só com os votos dos velhotes que “nada sabem” disto do “Mundo moderno”. Serão mais 28 anos de alternância entre P”S” e Direita. Ora roubas tu, ora roubo eu. Mas é tudo “legal”, assegura-nos o Constitucionalista das selfies de Belém.

    Lisboa terá mais pontes, aeroportos e estações de metro. A vila onde fui registado após nascer em Coimbra, passará dos quase 11 mil habitantes de 2001 para metade, quase tudo só velhos e trabalhadoras do lar. Os jovens estão em Lisboa ou fora do país só visitam nas férias. Aposto que continuará a não estar completa a rede de Saneamento Básico, mas com certeza a ciclovia irá ligar o centro da vila (onde se faz a festa anual do Santo da vila) até um ou dois pontos que dão mais nas vistas. Bicicletas nem vê-las. É só velhotes com bengalas e andarilhos… Também merecem ter onde andar quando saem do lar durante o dia. Mas acho que mereceriam ainda mais poder viver num local onde vissem os filhos e netos, felizes e com trabalho bem pago, todos os dias.

    Não sei se são todos burros, mas sei que a esmagadora maioria está completamente alheada da realidade. Ou melhor, acham que a realidade é qualquer que seja o alarve reality TV show do momento. E as conversas com os amigos, o tal do convívio, é para falar de futebol. Quem falar de política é “mal-educado” e dá “mau ambiente”. Não falta também o senhor Padre e o senhor Doutor, e N graxistas a ver quem fica com o emprego público na autarquia. Ai se não fosse o cartão de sócio rosa/laranja, ou o “convívio” com os amigos certos, sem dizer coisas que chateiem.

    A Zona Industrial está fechada ou a caminho disso. Sobra uma loja de ferramentas. Importa-se tudo. Mas do Chinês não pode ser porque ouvi falar dos Uigures e tal num dos canais do regime. Provas? Nem vê-las. Mas se disseram, acredito. A “jornalista” até é toda gira e simpática, de certeza que não mente. O que é preciso é eu pagar mais pelo gás, combustíveis, e até pellets (mesmo sendo fabricadas com o eucaliptal Português, parece que também aí, no silval… quer dizer, eucaliptal, chegou a inflação), e sem reclamar. Se alguém for falar alto em frente o Presidente, o popular que falou alto é que é criticado. Não se pode falar mal do senhor Presidente. O tempo da outra senhora foi abaixo, mas a facharia e a submissão ficaram entranhados no sangue…

    Um dia a coisa será tão má e o número de misérables tão grande, que a facharia terá o seu principal (mas não único) partido no poder. Os propagandistas cor-de-rosa dirão, do alto da sua “sabedoria”: estão a ver que a culpa é do BE e do PCP por serem irresponsáveis e terem chumbado aquele orçamento em que o P”S” teria a “política mais à Esquerda de sempre”?
    E os burros, estes sim tenho a certeza que são burros que nem uma porta, e não estou a exagerar, abanarão a cabeça para cima e para baixo, enquanto ruminam a palha.

    Vamos fazer uma greve geral, à sexta-feira, após um feriado na quinta – promete aos seus associados o secretário geral da CGTP, sem perceber que é parte do problema, e repetindo um discurso indistinguível do outro secretário geral, o do PCP.
    É preciso assinar isto de cruz, dirá o traidor da ocasião à frente da UGT, então a representar só 1% dos funcionários públicos. Este corte real no salário é difícil, mas nós somos o sindicado da responsabilidade, estamos contra todos os populismos.
    No offshore da Madeira é só abrir garrafas de champagne e caviar. Quando a festarola acabar, mandam uma de amostra para as sedes rosa e laranja, a agradecer pelas reformas estruturais que “salvaram” o país todos os anos até ele chegar ao caixão.

    Os jovens, que em 2050 terão as suas versões de tik-toks e facebooks, instagrams e snapchast ou coisas ainda piores, e ainda mais controladas pela CIA, lá estarão a fazer vídeos com a sua preocupação fútil do momento, e com um hashtag sobre o assunto que a CIA entender que é hora de propagandear com os seus bots.
    Celebram o “feminismo”, pois a Cristina Ferreira chegou a Presidente do país. Celebram a “igualdade” pois há um lgbt+ que é capitão da seleção de futebol. Celebram a “democracia” pois finalmente Assange morreu de velhice antecipada (é o que faz o isolamento e maus tratos) na prisão. Celebram os “direitos humanos” quando Israel anunciar que já colonizou a Palestina toda. Celebram a “defensiva” NATO após esta lhes dar ouvidos e fazer uma no-fly zone para melhor fazer a sua “operação humanitária” num país qualquer onde as pessoas têm tom de pele esquisito. E celebram a “democracia” quando uma “maioria absoluta” rosa/laranja de apenas 30% estiver a ser “boa aluna” na obediência aos Pinochetistas xenófobos de Bruxelas e Frankfurt. E celebram o “estado de Direito” quando se prender um pedinte que “roubou” 1€ para comprar comida, 1€ da carteira da Alexandra Reis.

    E isto sou eu a tentar fazer previsões sérias. Mas se calhar um pouco mais de imaginação não andará longe do que se vai passar.
    Bem-vindos a 2050. Obrigado pelas vossas escolhas na década de 20. Está a passar na TV (onde a RTP está concessionada à CNN) um documentário sobre como em 25-Abril-1974 um grupo de terroristas que eram agentes infiltrados da Rússia de Estaline (o “Hitler de Moscovo”), tentou acabar com os brandos costumes. Felizmente após várias conquistas liberais, de revisão em revisão, lá se acabou totalmente com a Constituição de 1976. E é por isso que somos tão felizes agora. Foi graças a isto que por exemplo passou a poder pagar só pela sua própria saúde e não pela dos outros. Imagine só a ditadura que era toda a gente ter de pagar para um Serviço de Saúde Estalinista. No final passa o anúncio: este conteúdo foi-lhe proporcionado pela Fundação Elon Musk, pela Lockeed Martin, e pela Pfizer, parceiros da NED na luta pela Democracia Liberal. Veja já a seguir o filme histórico da Netflix (por apenas 150$ através do seu cartão de crédito do Bank of America) sobre como um sniper herói do grupo activista pró-democracia Azov, sozinho numa torre, conseguiu derrotar uma aldeia inteira de orcs nazis que, hoje em dia, estão felizmente do lado de lá do muro de Kiev que, como você sabe, não deve ser atravessado, para seu bem…

  3. Era bom dizer que os Portugueses não são diferentes dos outros povos ocidentais,não são mais espertos,nem menos inteligentes..

    A diferença é que uns tem mais dinheiro do que outros,que na maioria dos casos não é verdade..

    A verdade é que a Europa condenou-nos com o Plano do Grande Reset,do CBDC e a Crise Energética..

    O que irá acontecer nos próximos anos?
    Um renascimento certamente … Apertem os vossos cintos de segurança..

    A única coisa que retiro é que nós (eu próprio primeiro) temos todos medo que o nosso modo de vida (No Ocidente) e a evolução do nosso conforto parem e se deteriorem, seja qual for a causa que cada um de nós prefira seleccionar para responder por este medo. Pessoalmente, não sei qual escolher. Por isso, no final, não escolho nenhum. Ou escolho-os a todos? Isso não me impede de ter medo. Medo de não sobreviver, medo de sofrer, sou jovem. O nosso estilo de vida de elevado consumo energético também permitiu a emancipação das mulheres, a liberalização da fala, do pensamento e da moral, mais tempo para desfrutar de um pouco de liberdade individual para aqueles que não eram nobres ou ricos.

    Devo sentir-me culpado por ter gozado tanto da liberdade de me deslocar quando era mais jovem com o meu carro pequeno? Há poucos países pobres onde o estatuto das mulheres não é inferior ao dos homens. Vamos perder todos estes avanços (nem sempre suficientes, a propósito)?

    Quanto a todas estas empresas que também criaram o desejo do consumidor e viraram as nossas cabeças com a impressão de energia sem fim e consumo desenfreado. Todas estas pessoas que hoje encontramos tornaram-se senhores feudais (oligarcas, classe dominante burguesa, PSI 20…) que consideram trabalhadores e povos como novos escravos ou súbditos que devem ser obedientes e disciplinados da cabeça aos pés.

    Vacinem-se a voçês próprios ou não será nada! Desliguem o gás ou eles vão desligá-lo! Não cheguem atrasado ao trabalho ou serão despedidos!

    Fico chocado quando vejo os anúncios para comprar carros e as mensagens do governo para encorajar as pessoas a levarem as suas bicicletas ou transportes públicos. Basta desta conversa dupla que deixa as pessoas loucas. Basta destas injunções contraditórias! A sobrepopulação não é o verdadeiro problema. É acima de tudo a nossa incapacidade de partilhar e também de recuperar o controlo sobre aqueles que nos governam e, portanto, o nosso destino.

    É claro que os ricos têm de “apertar o cinto” mas a terra não se importa com os culpados. As consequências serão para todos (e infelizmente especialmente para os mais pobres). Os países em desenvolvimento sabem-no e estão a ter em conta o aspecto ecológico muito mais do que nós fizemos. Afinal, se houvesse apenas um milhão ou mesmo um bilião de nós, o mundo não estaria nesta confusão. A maioria dos países tem tido uma política pró-natalista (ajuda financeira de todos os tipos) para ter cada vez mais consumidores, trabalhadores e crescimento. A China tinha uma política de um filho com consequências terríveis. Uma população idosa não vota como uma população jovem.

    Isto é o que obtemos por tornar este assunto crucial num tabu absoluto por pura ideologia (porque apontar o dedo ao problema da população mundial não deve exonerar os ocidentais de baixarem o seu nível de vida).

    No entanto, o problema não é demográfico nem económico, é ambos combinados. A equação é simples:
    Nível médio de vida X população mundial = pegada ecológica da humanidade..

    Os 5% mais ricos são responsáveis por 60% da pegada ecológica,com o verdadeiro culpado……o capitalismo, mas o povo recusa-se a tomar qualquer acção contra ele.
    Caso contrário, a minha pergunta é a todas as pessoas que pensam que somos demasiado numerosos na Terra. Os que pensam que existe demasiadamente pessoas na terra porque não tomam a decisão de aligeirar os números a começar por eles mesmos?

    Em qualquer caso, o declínio demográfico e o declínio económico acabarão por se impor-nos, dado que vivemos num mundo finito cujos recursos estão a esgotar-se. Poderíamos muito bem escolhê-lo, antecipá-lo e planificá-lo de modo a distribuir os esforços de forma equitativa…

    Isto é melhor do que não fazer nada e esperar para sofrer todas as consequências da nossa inacção (que atingirá os países do terceiro mundo primeiro e muito mais duramente) e ter de se adaptar a estas inevitáveis diminuições, mas desta vez numa emergência.

    As energias renováveis não têm sido capazes de suportar 8.000.000.000 de pessoas; foi a utilização de combustíveis fósseis que permitiu o desenvolvimento da agricultura industrial, levando a este crescimento populacional desproporcionado, Mas quando os combustíveis fósseis dos quais dependemos agora,a sobrevivência da humanidade se esgotarem e formos forçados a regressar às energias renováveis, deixarão de poder apoiar 8.000.000.000 de pessoas, e ver-nos-emos então numa situação sem precedentes de sobrepopulação, porque deixaremos de ter acesso às fontes de energia que permite apoiar tantas pessoas. Portanto, muitas pessoas morrerão.

    Em qualquer caso, o declínio demográfico, tal como o declínio económico, acabará por se impor-nos, dado que vivemos num mundo finito cujos recursos estão a esgotar-se.

    Já vimos que este modelo de sociedade é o problema, concentrando a existência no consumo, alguma vez se fez uma comparação da utilização dos recursos das sociedades ocidentais em comparação com outros? Não é a demográfica mas principalmente o modelo economico que coloca o problema, consome-se demasiado em comparação com outros, esse é o verdadeiro problema..

    Por outro lado, o plano AndTranshumanist (que irá falhar) está em curso..

    Em suma, o modelo económico baseado em energia abundante e barata desde o fim da Segunda Guerra Mundial está a chegar ao fim.
    Isto significa, in fine, que os países ocidentais voltarão a uma sociedade onde o consumo deixará de ser a força motriz da economia.
    Acabaram-se os smartphones, os ecrãs gigantes de TV, os carros/aviões disponíveis para todos, etc.

    Só precisamos de nos preparar colectivamente.

    Mas por aquilo que se vê ninguém quer abrandar. O que vai acontecer com violência, vão querer agarrar os bens dos outros para continuarem a viver como hoje, até estarem completamente exaustas. Nunca houve partilha na história, e não haverá mais no futuro. Cada um por si e Deus por todos.

    Mas, entretanto, os humanos lutam e matam-se uns aos outros em nome de valores que eu não conheço e, no entanto, estes permanecem em segundo plano.

    Por isso nunca fui capaz de dominar a ideia de que numa democracia ocidental, para ser eleito, os políticos têm de prestar serviços e para isso é preciso dinheiro sob a forma de impostos. Quanto mais cidadãos houver, mais eles trabalham e mais o sistema democrático pode evoluir. Mas então é uma corrida para manter vivas as nossas democracias, mais e mais cidadãos, mais e mais impostos, mais e mais pessoas que podem revoltar-se e criar violência se a máquina se avariar. Por outras palavras, as nossas democracias acabarão por atingir um ponto de ruptura, uma grande população exige mais serviços e para dar serviços é preciso mais pessoas… A médio prazo, acredito que as democracias se auto-destruirão.

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